segunda-feira, 17 de maio de 2010

Usina Hidrelétrica Belo Monte



A região de cinco municípios do Pará: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu discute há mais de 30 anos a instalação da hidrelétrica Belo Monte no Rio Xingu, mas teve a certeza de que o início da obra se aproximava após a concessão em fevereiro, pelo Ibama, da licença ambiental.

O adiamento do leilão de construção da hidrelétrica do dia 21 de dezembro de 2009 para o dia 20 de abril de 2010 trouxe a tona mais uma vez a discussão do impacto ambiental e social causado por represas de usinas hidrelétricas.

A mobilização de mais de 42 profissionais de universidades brasileiras e do exterior (engenheiros elétricos, antropólogos, biólogos e pesquisadores de outras áreas) resultou num documento de 320 paginas onde fizeram pareceres apontando falhas de avaliação dos impactos que a usina terá sobre a região e a população local.
È importante notar que a inundação inicial prevista pelo projeto seria inferior a 10% do que foi desmatado na Amazônia no ano em que menos se constatou destruição da mata.
Talvez se essa mobilização de profissionais fosse tão grande para outros problemas a situação não estaria tão problemática pro lá.
Apesar de que o ponto principal dos que são contra a usina nunca foi a quantidade de área ser inundada, mas sim que o desvio de seu curso para a construção de um reservatório, irá reduzir a vazão no trecho de 100 quilômetros, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. Um exemplo dos impactos é que dentro dessa área que teria a vazão diminuida é local por onde passa unico tranposrte das comunidades ribeirinhas da regiao atpe Altamira onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas.

Pode-se consideras uma vitoria, pois parte dos apelos dos ambientalistas foram ouvidas, a região a ser alagada foi reduzida, mas trouxe com ela varios “prejuizos” economicos. “Para evitar o alagamento de uma grande região, a usina funcionará de acordo com a vazão do rio Xingu. Isso significa que apesar da capacidade de geração de 11.233 Megawatts (MW), Belo Monte produzirá, em média, 4.500 MW.”
O que chamavam os olhos para Belo Monte como maior usina inteiramente Brasileira, (já que Itaipu é Binacional) e terceira maior do mundo (atrás apenas de Itaipu e da chinesa três gargantas) passou a ser a relação custo beneficio e a possível inviabilidade financeira "Se fizer uma relação entre a capacidade de gerar energia e a energia assegurada, a de Belo Monte é menor. Vai precisar instalar muito mais máquinas, mas vai produzir menos energia relativamente. Vai ter relativamente menos energia do que nas outras hidrelétricas e com preço similar", afirma Areco
O resultado disso tudo seja talvez resumida nas palavras do engenheiro Luiz Pereira de Azevedo Filho, que foi de Furnas e atualmente é secretário-geral do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético:
"Vejo que os impactos socioambientais são os que influenciam para tornar a obra menos viável economicamente, do ponto de vista de investimento. Mas esse é um preço que vamos ter que pagar aqui para frente para fazer usinas da Amazônia, um empreendimento menos atrativo."

Postado por: Cintia Glasner

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