quarta-feira, 29 de julho de 2009

O caliginoso verde

Por: Sílvia Mariana Barbosa

A relação dos primeiros colonizadores com a natureza tropical, sob o ponto de vista do explorador, diante do explorado.

- É um comentário feito pelo professor Nicolau Sevcenko, em colóquio, sobre “O Brasil dos Viajantes”.


“No sentido da atitude predatória face a natureza é possível ver o processo da colonização como sendo comandado por duas cores fundamentais: o vermelho e o verde. O vermelho do fogo e o verde da mata. Ao contrário da nossa interpretação atual dessa simbologia cromática, na verdade, o verde é a cor do perigo e se tentarmos reproduzir a condição dos primeiros colonizadores postos no solo brasileiro, entende-se qual a origem desse sentimento e as suas consequências ulteriores de sua manifestação.

Quando são deixados aquí os primeiros homens brancos europeus, na areia branca da praia e as caravelas retornam, eles olham e não há mais nada que os ligue à Europa, e pela frente o que vêem é só mata verde. Da mata verde surgem as feras, da mata verde surgem os insetos, da mata verde surgem os índios e todo o perigo. E se eles estão alí para conquistar alguma coisa, só podem ver o que há pra conquistar se a mata sair da frente. Portanto a melhor paisagem do ponto de vista de quem está na condição de colonizador – que já não tem nenhum contato com a Europa e não tem nenhuma alternativa se não marchar para diante – é a paisagem ausente, é a eliminação completa daquele verde. Porque o verde é o perigo, a possibilidade iminente de sua eliminação física. Nessa direção é que se constrói a lógica da ocupação predatória da terra e é assim que se desenvolve a sensibilidade nativa com relação à natureza.”



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quarta-feira, 22 de julho de 2009

O que te faz melhor que um animal?

Por: Sílvia Mariana Barbosa

…Cheguei a conclusão que Deus está pondo as pessoas a prova, para que elas vejam que não são melhores que os animais. No fim das contas, o mesmo que acontece com as pessoas, acontece com os animais. Tanto as pessoas como os animais morrem. O ser humano não leva nenhuma vantagem sobre o animal, pois os dois tem de respirar para sobreviver. Como se vê, tudo é ilusão, pois tanto um como outro, irão para o mesmo lugar, isto é, o pó da terra. Tanto um como o outro vieram de lá e voltarão para lá. Como é que alguém pode ter certeza de que o sopro da vida do ser humano vai para cima, e que o sopro da vida do animal desce para a terra?

ECLESIASTES 3. 18-21

Eclesiastes, ou “o sábio”, era filho de Daví e governou (como rei) Israel, em Jerusalém. Foi um homem muito rico, e também muito sábio. Examinava as escrituras sagradas e deixou seus pensamentos e reflexões como um legado, que se encontra no
21º livro da bíblia: o livro de Eclesiastes.

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