Trabalho
acadêmico com vistas à aprovação na disciplina, Política e Gestão do Meio
Ambiente, ministrada pela Prof.ª Cecília Costa.
Discentes: Daniela Tenorio da Silva - João Jorge da Silva -
Juliana Scanoni Silva - Maria Manuela Bandeira - Mayra Silva de Oliveira -
Silvia Caroline Pereira
1.
INTRODUÇÃO
Temas que
envolvem o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável como mudanças
climáticas e aquecimento global, desmatamento e produção de alimentos, poluição
atmosférica e qualidade de vida, que antes só preocupavam especialistas, estão
atualmente sendo mais expostos na mídia e já são do conhecimento de grande parte
da população. Estes temas têm promovido nas pessoas muitas preocupações sobre o
que fazer para minimizar seus impactos ambientais sobre a Terra. Por outro
lado, as mudanças na forma de pensar da população são refletidas diretamente nos
diversos perfis de consumo relacionados à alimentação, moradia, forma de
locomoção, tratamento e concepção do conceito de sustentabilidade. Um estudo realizado pela empresa multinacional
TETRA PARK em 2011 concluiu que o perfil dos consumidores esta mudando
rapidamente, tornando-se cada vez mais ambientalmente correto. Esta mudança na
forma de pensar dos consumidores é refletida principalmente na alimentação (NEVES, CHADDAD, LAZZARINI, 2002 apud BORGES & LIMA FILHO, 2004).
Há uma tendência de introdução de alimentos mais saudáveis e sustentáveis na
dieta da população. Porém, as mudanças de hábitos alimentares são processos
complexos, que dependem de múltiplos fatores, incluindo o econômico, o
biológico, o social e o cultural. O primeiro tem influência decisiva na ingestão
de frutas e hortaliças, pois estudos realizados mostram que dietas com alta
quantidade de vegetais tendem a ser mais caras, impondo uma restrição econômica
para famílias de baixa renda (CLARO & MONTEIRO, 2010).
Universidades
onde há uma maior circulação de informações científicas relacionadas à
sustentabilidade ambiental tendem a ter um público ainda mais informado e
atuante frente às práticas ambientalmente corretas. Assim, é de se esperar que
a consciência ambiental nestes centros de ensino seja aplicada de forma mais
efetiva. Contudo, as universidades públicas não são bem uma alternativa
financeiramente viável de ensino para as classes mais baixas, pois existem
custos adicionais que dificultam a permanência dos alunos, como despesas
relacionadas ao material didático, fotocópias, transporte e principalmente alimentação.
A maioria dos alunos cumpre cargas horárias que se estendem por mais de um
turno na instituição de ensino, e tem que se alimentar nas proximidades da
universidade, procurando uma melhor combinação de preço, qualidade e acesso do
local de alimentação (BORGES & LIMA FILHO, 2004). Como nem todos têm
condições de realizar suas refeições corretamente todos os dias da semana,
acabam optando por alternativas pouco saudáveis, como frituras. É possível que
nesta rotina, os impactos causados pelo processo de produção destes alimentos sejam
consideravelmente altos e, portanto prejudicial à saúde humana e ambiental.
Estudos sobre os hábitos alimentares, assim como os fatores que
determinam a escolha de um estabelecimento, são essenciais na avaliação do
quanto à consciência ambiental é aplicada pela comunidade. Neste trabalho tratamos
da caracterização do consumo alimentar no Centro de Ciências Biológicas (CCB),
da Universidade Federal de Pernambuco, como indicativo da influência da consciência
ambiental na rotina dos frequentadores deste centro, dando ênfase nas análises dos
próprios alunos de biologia, que em teoria dispoem de maior conhecimento sobre
o assunto. Julgamos ainda que o bem estar propiciado por uma alimentação que
seja financeiramente mais acessível e saudável é refletido, de maneira positiva,
em todas as relações socioambientais dos indivíduos envolvidos.
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Caracterizar o
perfil alimentar das pessoas que frequentam o CCB, quanto a aplicação da
consciência ambiental em suas refeições, através do tipo de alimento que
consomem, e aos locais preferíveis para realização das mesmas.
2.2 Específicos
ü
Identificar o perfil da dieta da comunidade do
CCB;
ü
Verificar se a consciência ambiental influencia
na escolha do alimento e do local das refeições dos frequentadores do CCB;
ü
Verificar o custo-benefício dos restaurantes nas
áreas adjacentes ao CCB, assim como os restaurantes mais frequentados pela
comunidade do CCB e o tipo de comida que eles oferecem;
ü
Verificar o nível de satisfação dos
frequentadores do CCB em relação ao único restaurante do centro;
ü
Proporcionar um Almoço Solidário, com o intuito
de criar novas opções de refeições á comunidade do CCB.
3. METODOLOGIA
O estudo foi conduzido no Centro de
Ciências Biológicas (CCB), localizado na Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), no Campus Recife. A comunidade acadêmica do CCB foi o alvo da pesquisa
e é composta por alunos (graduação e pós-graduação), professores, técnicos e
funcionários dos quais, muitos chegam a passar o dia inteiro na universidade.
3.1 Questionário
Para reunir dados sobre a dieta
alimentar, os locais de consumo e a preocupação das pessoas com o que está
sendo consumido tomamos como ‘refeição-referência’, o almoço. Foi aplicado um
questionário (Apêndice A), que contém perguntas objetivas (para facilitar a
padronização das respostas) a respeito do local de preferência para fazer as
refeições, tipo de dieta, motivação de escolha do estabelecimento, consciência
ecológica na escolha dos produtos, tempo disponível para almoçar, entre outras.
As análises foram feitas com professores,
funcionários e alunos de pós-graduação e graduação, sendo abordados nos
laboratórios de pesquisas, nos corredores e áreas de convivência do CCB.
3.2
Pesquisas nos Restaurantes dentro e próximo da UFPE
Para avaliação do custo-benefício dos
restaurantes frequentados pelos entrevistados, foi cronometrado o tempo gasto
no deslocamento (a pé), tendo como ponto de partida o CCB e chegada os
restaurantes localizados mais próximos do centro e outros mais distantes,
incluindo o Restaurante Universitário (RU). Também foi pesquisado o preço por
Kg e/ou ‘prato feito’ e o tipo de comida que estes estabelecimentos oferecem.
Também foram relacionados o tempo do
deslocamento e a disponibilidade de tempo do aluno, além do tipo de alimento oferecido
com o preço do almoço dos estabelecimentos pesquisados, com o intuito de verificar
sua acessibilidade aos frequentadores do CCB.
Como neste centro há apenas uma opção
para refeições, foi avaliado o que mais interfere na escolha deste
estabelecimento, entre as variáveis: localização, qualidade e preço.
3.3
Almoço Solidário
Para oferecer uma nova oportunidade
dentro das opções de almoço e promover um momento de convivência com a
comunidade do centro, foi promovido um Almoço Solidário, onde as pessoas que
participaram levaram algum tipo de comida, que foi compartilhada com todo o
grupo. Este almoço foi divulgado previamente, por meio de cartazes e redes
sociais, sendo foi oferecido às pessoas interessadas o contato dos organizadores
para que pudessem tirar suas dúvidas sobre o evento. Desta forma, foi possível
avaliar a aceitação deste evento pelo público, através da quantidade de pessoas
que o frequentaram, e para avaliar o grau de satisfação dos participantes, os
mesmos atribuíram notas de 0 a 10 e deixaram seus comentários e sugestões.
3.4
Divisão do Grupo
O grupo responsável pela execução do
projeto foi composto por seis pessoas, as quais foram subdivididas em dois
grupos de três pessoas, onde cada grupo ficou responsável por determinada
parcela do projeto para que houvesse otimização do trabalho e uma efetiva
execução (Tabela
1).
Tabela 1 - Divisão do
grupo para a realização do projeto.
Grupo 1
|
Alunos
|
Atividades que foram realizadas
|
Daniela Tenório
|
- Cronometragem da
distância entre o CCB e outros restaurantes;
- Elaboração do Almoço Solidário.
|
|
João Jorge
|
||
Mayra Silva
|
||
Grupo 2
|
Juliana Scanoni
|
- Aplicação dos
questionários;
- Pesquisa dos preços
dos restaurantes;
- Análise dos dados obtidos.
|
Maria Manuela
|
||
Silvia Caroline
|
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O total de entrevistados foi de 185, porém a quantidade de respostas por
pergunta variou de acordo com os entrevistados, já que nem todos responderam o
questionário por completo, variando por questão de 94 a 185 respostas. Os
entrevistados foram classificados por curso ou função, sendo 136 alunos de
graduação – Odontologia (1), Terapia Ocupacional (5), Educação Física (5),
Licenciatura em Ciências Biológicas (3), Fisioterapia (4), Biomedicina (16),
Bacharelado em Ciências Biológicas com ênfase em Ciências Ambientais (65),
Nutrição (3), Bacharelado em Ciências Biológicas (34) – 26 alunos de pós-graduação,
nove professores, seis funcionários e oito não responderam suas funções.
4.1
Questionários
Assim,
para diminuir o impacto causado por estes estabelecimentos, é necessário que
seus frequentadores incluam fatores ambientais na escolha do estabelecimento,
por exemplo, a não utilização de descartáveis e presença de alimentos de
qualidade. Quando questionados sobre a preferência entre garrafas de vidro e
latas metálicas, 71,4%* preferiram as garrafas de vidro. Também foi questionada
a preferência por sucos e pela destinação correta dos alimentos após o consumo,
e aproximadamente 70% respondeu positivamente a essas perguntas. A dieta
vegetariana também é responsável por diminuição no impacto ambiental dos
alimentos, porém apenas 3,8%* dos entrevistados aderiram a este tipo de dieta.
A forma de locomoção até os restaurantes é principalmente andando (72,9%*), a
menor forma de impacto ambiental quando comparado com carro e ônibus.
Mais da metade dos entrevistados passam mais de 8 horas dentro do campus
da universidade isso leva os estudantes, professores e outros funcionários a
fazerem suas refeições nas instalações da universidade (Figura 2).
Dos 150 que responderam a questão 12, quase 50% fazem pelo menos uma refeição
na UFPE - 32% fazem duas refeições e 12% até três refeições (Figura 3).
A pergunta 11, sobre o intervalo de
tempo que cada pessoa tem para almoçar, permite estabelecer uma relação entre a
distância e o tempo, sendo levados em consideração os refeitórios próximos à
universidade. O resultado obtido mostra
que cerca de 40% (figura 6) tem uma hora de almoço, que é conveniente para 11
dos 14 restaurantes que foram cronometrados o tempo de ida e volta - levando em
consideração um tempo hábil para uma refeição tranquila, onde dentro de 60
minutos, até 20 minutos são gastos na locomoção (ida e volta), 10 minutos (no
máximo) esperando a comida ou nas filas do self-service
e 30 minutos para comer.
No
CCB, o atual restaurante presta serviços para pelo menos 50%* dos
frequentadores do centro, não por oferecer alimentos mais saudáveis ou qualquer
outro benefício, mas por ser o mais próximo do ambiente de trabalho/estudo de
todos**. Diante disso, foi quase unânime (aproximadamente 95%* dos entrevistados – Figura 5)
a aceitação da proposta de um novo estabelecimento dentro do CCB para que todos
tenham uma segunda opção alimentícia já que o índice de satisfação com o atual
prestador do serviço é baixo, principalmente no fator preço (ver Tabela 2).
E frente a uma clara vontade de democratização do setor alimentício do centro,
98%* dos entrevistados marcaram a opção 'sim' quando a pergunta foi "Você
assinaria um abaixo-assinado para a melhoria das opções de alimentação no
CCB?", o que mostra que é uma mudança que deve ser feita para melhorar a
estadia dos alunos, professores e funcionários dentro da universidade (Figura 5).
E para dar início a algo novo nesse setor, foi planejado e realizado o almoço
solidário no dia 25 de maio do decorrente ano.
*Valores do
total de entrevistados foram, respectivamente, 152, 139, 146, 157, 181, 177,
185, 155 e 148.
Tabela 2 - Medida do
grau de satisfação dos clientes do restaurante do Centro de Ciências Biológicas
(CCB) da Universidade Federal de Pernambuco, obtida através de questionários,
com nota de 1 a 10. Consideradas apenas as respostas dos frequentadores do
restaurante do CCB. As notas são referentes às médias (N = 94).
CATEGORIAS
|
NOTAS
|
Distância
Horário
das Refeições
Qualidade
Atendimento
Tipo
de Comida
Preço
|
9,3
7
6,3
6,3
6,3
1,7
|
4.2 Pesquisas nos Restaurantes dentro e fora da UFPE
Avaliação alimentícia
Foi cronometrado o tempo de deslocamento
do CCB a outros estabelecimentos que servem almoço, com um total de 14 restaurantes (Tabela 3),
com o marco zero na frente do CCB.
Tabela 3 - Cronometragem de deslocamento do Centro de Ciências
Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Pernambuco a outros estabelecimentos
que servem almoço dentro e fora da universidade.
LOCAL
|
TEMPO DE IDA E VOLTA
|
RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO
|
14 minutos - ÔNIBUS
CIRCULAR UFPE
36 minutos -
ANDANDO
|
SUDENE
|
14 minutos
|
DAMUC
|
10 minutos
|
LIKA
|
6 minutos
|
CHEF PLATÃO - CFCH
|
26 minutos
|
RECANTO DA VÁRZEA
|
36 minutos
|
SHANTI/ DRAGÃO ORIENTAL/
ALMOÇO CASEIRO/ BARACHO
|
16 minutos
|
ARRIÉGUA/ PAIDÉGUA
|
20 minutos
|
DIVINO GOSTO/ CORAÇÃO DE ESTUDANTE
|
14 minutos
|
Os dados mostraram que o restaurante do
LIKA foi o estabelecimento que possui o tempo mais curto para deslocamento com
6 minutos (tempo de ida e volta), seguido do DAMUC com 10 minutos (tempo de ida
e volta) e ambos estão localizados dentro da UFPE. Já os restaurantes que
apresentaram menor tempo para deslocamento que estão localizados fora da UFPE
são: SUDENE, Divino Gosto e Coração de Estudante com 14 minutos (tempo de ida e
volta). Os estabelecimentos que precisam
de maior tempo para o deslocamento foram: O Restaurante Universitário (RU) com
36 minutos (tempo de ida e volta) e Recanto da Várzea também com 36 minutos
(tempo de ida e volta), localizados dentro e fora da UFPE, respectivamente.
Na avaliação do custo-benefício dos
possíveis restaurantes frequentados pelos entrevistados, foi anotado o preço
por Kg ou ‘prato feito’ que estes estabelecimentos oferecem. No total foram visitados 29 restaurantes (Tabela 4),
dentre estes 7 se encontram dentro do Campus e os outros 22 estão localizados
fora da UFPE.
Tabela 4 - Preço por quilograma e ‘prato feito’ dos
restaurantes dentro e fora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em
reais (R$).
Restaurantes dentro da UFPE
|
Preço (Kg)
|
Prato feito
|
Basco da Área II
|
15,99
|
-
|
CAC e CCB – Sinhá Pimenta
|
22,80
|
-
|
CCSA/CFCH – Chef Platão
|
23,70
|
-
|
CTG – Planeta Refeições
|
21,80
|
-
|
LIKA
|
17,99
|
|
Restaurante Universitário (RU)
|
3,00
|
|
Restaurantes fora da UFPE
|
Preço (Kg)
|
Prato feito
|
Associação dos Professores do IFPE
(Instituto Federal de Pernambuco)
|
17,00
|
-
|
Algo Mais
|
25,90
|
-
|
Paid´egua e SUDENE
|
19,90
|
-
|
Divino Gosto
|
22,00
|
|
Da Chita
|
-
|
4,00
|
Cantinho da Maria
|
-
|
4,50
|
Baracho e Shanti
|
-
|
5,00
|
Almoço Caseiro, Lucas Bar Amigão,
Point Universitário, Bar da Kelly, Margarida
|
-
|
6,00
|
Budega Chinesa, Com Café, Benedita*,
Meire, Dragão Oriental
|
-
|
7,00
|
Chinalee
|
-
|
7,50
|
Dragão Expresso e PicanhaS
|
-
|
8,00
|
Como resultados foram observados que o
estabelecimento Chef Platão
(CCSA/CFCH) apresentou o valor mais alto de preço por Kg custando R$ 23,70, contrapondo o
Basco da Área II que possui o valor mais baixo custando R$ 15,99, ambos
funcionam dentro do Campus. Outra observação é que o Restaurante Universitário
(RU) é o único estabelecimento dentro da UFPE que serve almoço tipo prato feito
com valor de R$ 3,00 para alunos cadastrados. Já nos estabelecimentos fora do
Campus os preços variaram entre R$ 17,00 por Kg na Associação dos Professores do IFPE e R$ 25,90 por Kg no Algo Mais,
para aqueles que servem prato feito os valores se encontram entre R$ 4,00 e R$ 8,00 para os respectivos
estabelecimentos, Da Chita e Dragão Expresso/ Picanhas.
Além do preço foram questionados,
nestes estabelecimentos, que tipo de alimentos eles oferecem se tem orgânicos,
integrais e se os sucos são de frutas naturais ou polpas. Como resultados,
foram observados que nenhum dos restaurantes que funcionam dentro da UFPE
disponibiliza de alimentos orgânicos em seu cardápio, sendo oferecidos como
alimentos mais saudáveis, os integrais.
Quanto à origem do suco, os resultados apontam que os restaurantes
oferecem ambas as opções, ou seja, sucos naturais e polpas.
Como já foi mencionado, na avaliação realizada sobre o tempo do
deslocamento e a disponibilidade de tempo do aluno para realizar sua refeição (Figura 6),
observou-se que 42,9% dos entrevistados têm em média 1h para almoçar e
aproximadamente 10% têm apenas 30 minutos, ou seja, o tempo torna um fator
importante na tomada de decisão sobre a escolha do local para almoçar.
4.3 Almoço Solidário
Realizado no dia 25 de maio de 2012 na
área de convivência do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) aproximadamente entre as 12 e às 14 horas, o
Almoço Solidário obteve um total de 23 participantes que, em sua maioria,
contribuíram com alimentos. Entre os alimentos servidos encontravam-se: Arroz
branco e integral, purê de batatas, macarrão, salada crua, salada russa,
estrogonofe, ovo cozido, sanduíche natural de atum, feijoada, sucos da fruta e
refrigerantes. Apesar do apelo realizado junto aos participantes para que
trouxessem seus pratos, copos e talheres, fez-se necessário o uso de
descartáveis, entretanto em pouca quantidade.
Foi solicitado aos participantes que
opinassem e desses uma nota de zero a dez para o Almoço Solidário. Dos 23
participantes, 18 deram nota dez, 1 deu nota nove e meio, 2 deram nota nove e 2
não deram notas. Quanto às opiniões dos participantes verificaram-se muitas
sugestões: “repetir mais vezes”, “melhorar a divulgação”, “usar menos
descartáveis”, “aumentar o número de participantes para reduzir o custo” e
alguns elogios: “muito boa a iniciativa”, “estimula mais eventos como esse”,
“gostei muito do purê de batata, feijoada”.
O objetivo de proporcionar uma
alternativa de alimentação no CCB e um momento de descontração e convivência
foi plenamente alcançado. O momento foi agradável para todos os participantes
inclusive para outras pessoas que não estavam participando e que no final foram
servidas. Alunos e um professor, que tiveram o prazer de participar deste
primeiro Almoço Solidário do CCB vivenciaram a possibilidade de diversificação
do local e tipo de alimentação combinando com um momento de compartilhamento de
alimentos e experiências nas 2 horas do Almoço Solidário. As expressões de
surpresa e alegria registradas em fotos (Apêndice B) comprovam a riqueza social
do evento.
6.
CONCLUSÕES
Foi constatado que nas proximidades da UFPE
ocorrem várias opções de alimentação, no qual a maioria não utiliza produtos
orgânicos e integrais, mas que alguns estabelecimentos também oferecem estas
opções. Há uma grande variedade de preços entre os restaurantes consultados,
mostrando assim, que existem várias opções alimentícias, porém a maioria é
distante do CCB. Também foi caracterizado que a distância ao local de
alimentação foi um fator determinante na escolha dos usuários, expondo que a
preocupação com a alimentação muitas vezes é substituída pela proximidade e/ou
facilidade de acesso. A distância ao local de alimentação foi um fator
determinante na escolha dos usuários, expondo que a preocupação com a
alimentação muitas vezes é substituída pela proximidade e/ou facilidade de
acesso.
A insatisfação dos frequentadores do centro com a
única opção alimentícia, o Sinhá Pimenta, foi muito alta nas quais as notas
recebidas nos quesitos como preço, qualidade, tipo de comida e atendimento ficaram
abaixo de 7. Os usuários também se mostraram dispostos a assinar um
abaixo-assinado reivindicando mudanças alimentícias para o centro.
Também foi caracterizado que mesmo com o contato
mais direto dos frequentadores do CCB com a problemática ambiental, que em
comparação a outros centros da UFPE, eles apresentam de média a baixa
preocupação com itens como geração de resíduos, caracterizado pela baixa
preferência ao uso de copos de vidro aos de plásticos, no qual estes não são
reutilizáveis, e segurança alimentar, caracterizada pela baixa ou nenhuma
preferência por alimentos orgânicos e integrais.
O almoço
solidário se mostrou uma boa iniciativa, no qual a maioria aprovou como uma
iniciativa por ter novas opções de alimentação, ser financeiramente mais viável
e promover o contato interpessoal entre os frequentadores do centro, porém
também foi verificado que o almoço deve ser melhor divulgado.
7.
BIBLIOGRAFIA
BORGES, C. & LIMA FILHO, D. O. Hábitos alimentares dos estudantes universitários: um estudo
qualitativo.VII SEMEAD – Seminários de Administração, USP, 11p., 2004.
CLARO, Rafael Moreira &
MONTEIRO, Carlos Augusto. Renda familiar, preço de alimentos e aquisição
domiciliar de frutas e hortaliças no Brasil. Revista de Saúde Pública, vol.
44, n° 6, p. 1014-20, 2010.
Diante de um consumidor cada vez mais exigente, empresas precisarão ter
mais transparência e capacidade de dialogar com seus públicos. Rede da
Sustentabilidade. Acessado em 01/05/2012, disponível em: http://www.sustentabilidade.org.br/conteudos_sust.asp?scateg=297.
Consumidor está mais sustentável, diz a pesquisa. Acessado em
03/05/12, disponível em: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/consumidor-esta-mais-sustentavel-diz-pesquisa.
APÊNDICE
A
CURSO:__________________________
PERÍODO:_____
1. Onde
almoça?
( ) restaurante ( ) traz de casa
2. Qual
sua dieta? ( ) onívoro ( ) vegetariano
3. Quantas
vezes você almoça em restaurantes? _____
4. Como
você escolhe o restaurante? ( ) tanto
faz
( ) preço (
)distância ( )qualidade ( ) tipo de comida
5.
Como vai para o
restaurante?
( ) circular (
) carro ( ) andando ( ) ônibus
6.
Prefere restaurantes
que usam copos de vidro?
( ) sim (
) não ( ) tanto faz
7. Prefere
restaurantes que possuam produtos Orgânicos e/ou Integrais?
( ) sim
( ) não ( ) tanto faz
8.
Qual bebida prefere? (
) refrigerante ( ) suco
9.
Prefere ( ) garrafas de vidro ou ( ) lata?
10. Se preocupa com o
destino final dos alimentos do restaurante que frequenta?
( ) Sim
( ) Não
11. Passa quanto tempo na UFPE? _________________
12. Quantas refeições faz na UFPE?
________________
13. Quanto tempo em média tem para almoçar? _____
14. Almoça ou lancha no restaurante do CCB? ( ) Sim (
) Não
15. Qual principal motivo de comer no restaurante
do CCB?
( ) preço (
)distância ( )qualidade ( ) tipo de comida
16. Qual sua satisfação em
relação ao restaurante do CCB? Dê nota
de 0 a 10.
(____)
preço (____) distância (____) qualidade (____) tipo de comida (____)
atendimento (____) horário das refeições
(___)
17. Gostaria de outra opção
de alimentação no CCB?
( ) sim (
) não ( ) tanto faz
18. E qual seria o tipo de
comida de sua preferência? _____________________________________
19. Acha que o restaurante
do CCB é acessível (preço) aos alunos?
( ) sim ( ) não
20. Você assinaria um
abaixo-assinado para a melhoria das opções de alimentação no CCB?
( ) sim
( ) não ( )
tanto faz
21. Se houvesse um Almoço
Solidário, onde cada um traria um prato, você participaria?
(
) sim ( ) não
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