sábado, 27 de junho de 2009

Cidades Sustentáveis

Uma breve reflexão.

Por: Sílvia Mariana Barbosa

É notável nos dias atuais, o acelerado ritmo de consumo das grandes cidades. Basta andar nas ruas pra perceber o "poder de sedução" das lindas vitrines, com grandes placas contendo inúmeros chamamentos "50% off", "Sale", ou no bom e velho português "Promoção". Tais armadilhas, aceleram o ritmo de consumo das pessoas, viventes em grandes cidades. Esse grau de consumo ainda é potencializado pelo aumento do poder de compra da população nos últimos anos.
As cidades consomem de maneira demasiada os recursos do planeta, que já não conseguem mais se recompor, o que muda o padrão de consumo reprodutivo, para um uso extrativista, exploratório, onde a demanda extrapola o suprimento da natureza. Ao invés de se consumir o lucro da Terra, as cidades começam a drenar o capital da terra, “numa comparação grosseira da mesma a uma conta bancária”.
O conceito de sustentabilidade é bem simples: evitar essa supexploração, esse modo extrativista de se viver sobre a Terra, de modo que as gerações futuras possam usurfruir, de todos os serviços ecológicos prestados pela natureza. Para que as cidades se tornem sustentávéis, se faz necessário, obviamente, uma mudança de hábitos individuais, para que a sustentabilidade possa enfim ocontecer no coletivo. Para sabermos a quantas andam o uso dos recursos naturais pelas sociedades, é incomensurável o uso de ferramentas para se definir se estamos a usar o planeta de forma justa ou se estamos a caminhar para um colapso. O conceito de pegada ecológica, recentemente estudado e infelismente ainda pouco conhecido “na íntegra”, engloba o conceito do uso de recursos, de modo individual, tranformado para uma faixa de terreno. Nada mais é que o uso das atividades humanas expresso em hectares, e que tem mostrado um uso irresponsável, ignorante egoísta e linear dos recursos naturais e dos serviços ecológicos pela população humana.
Ao analisarmos os hábitos humanos, através de tais ferramentas que nos permite ver de forma clara os resultados do “padrão de vida” das grandes cidades, temos cada vez mais certeza de um colapso bem próximo. As cidades não são estáticas, muito pelo contrário, são organismos vivos e pulsantes, que para se manterem, assim como qualquer ser vivo, necessitam de energia para sobreviver, e dependendo de seu tamanho e complexidade, essa quantidade é multiplicada a números absurdamente altos. Demandam para o ambiente os “restos” de tudo aquilo que consomem. O lixo. O problema ainda é potencializado quando se nota que as cidades estão a crescer, ou evoluir “ na concepção de muitos” a cada dia que passa, o exito rural é notadamente alto, tornando as cidades cada vez maiores e “inchadas” aumentando em território, em população, em tecnologia e consequentemente em taxas de pobreza. O consumo precedido de um crescimento das cidades dá margem a uma crise social sobretudo ambiental, uma vez que as duas coisas não andam separadas.
Uma mudança radical no estilo de vida e no consumo das cidades é necessário pra que haja uma mudança no quadro global no que diz respeito ao nível de exploração do planeta. Se assim não for, a resposta para a pergunta abaixo será certa e bem precisa.
Será que essa sociedade conseguirá sobreviver às custas de seus próprios caprichos? Até quando?

Sílvia Mariana Barbosa

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